Tem uma denuncia interessante na revista Época de 1999,
"Cláudia Costin, secretária da Administração e do Patrimônio, foi uma das criadoras dos programas de demissão voluntária (os PDVs) (...) No dia 31 de janeiro passado, Costin aderiu a um PDV, mas isso não significou que saiu da folha de pagamento do governo - continua recebendo o salário de secretária, de R$ 6.400. Ela rescindiu seu contrato de trabalho com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e recebeu R$ 63.657,76 para sair do emprego."
"Os PDVs oferecem um pagamento adicional, para que os funcionários deixem o emprego, maior que a indenização que receberia se fosse simplesmente demitido. No caso de Cláudia Costin, o incentivo foi inócuo por duas razões. Ela tinha peso zero na folha de pagamento do Serpro, pois desde 1991, quando foi cedida para o Executivo, o governo federal reembolsava a empresa estatal pelo salário pago à funcionária. Trinta dias antes de aderir ao programa, foi nomeada e empossada na Secretaria da Administração e do Patrimônio para o segundo mandato do presidente Fernando Henrique. Mesmo demitida do Serpro, Costin continua trabalhando e recebendo dos cofres públicos."
"Seu marido, Nabuco Barcellos, entrou na empresa em agosto de 1968. Tinha mais de 30 anos de serviço. Recebeu ao todo R$ 270 mil (incluindo FGTS e outras vantagens) para deixar o serviço público. Não deixou. É hoje diretor da Dataprev, estatal do Ministério do Trabalho e Emprego, com salário mensal de R$ 8.500. Com exceção do Serpro, nenhuma empresa pública ou privada contempla em um PDV empregados que estão às vésperas de se aposentar, como era o caso de Nabuco."
Quem diz que o amor é falso, por Luiz Vaz de Camões
10 years ago
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